Que encontro eu quando olho para mim? Não pode existir nenhum ponto de partida mais interessante que o próprio Ser para iniciar toda e qualquer procura na busca de um "logos". Nada existe aqui de egocêntrico, longe disso. É partindo da minha própria existência, do simples facto de existir que me revejo como um Ser Único irrepetível.
Como poderá qualquer Homem querer compreender a sua envolvente, não fazendo um exercício de se compreender a si próprio? Ou poderei mesmo dizer que é na existência, "como situação fundamental do Homem" que me revejo como parte de um Todo e logicamente mais próximo do meu semelhante?!
Faz falta (no meu entender), este exercício à própria Humanidade que teima por uma perspectiva individualista, essa sim egocêntrica, desprezando o que de mais belo a sua própria existência pode oferecer!
É profundo o pensamento do filósofo Gabriel Marcel acerca deste tema e termino com uma reflexão da Professora Maria de Lourdes Sirgado Ganho acerca desta mesma introspecção existencial:
"Aqui dá-se o encontrar do eu e do tu, constituindo um nós, esboço de uma pequena sociedade, expressão da união do eu e do tu. Esta experiência unitiva produz um sentimento de plenitude interior, em que o eu e o tu não se anulam, mas completam-se".
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